Guia de Materiais Injetáveis para Harmonização Orofacial

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Há uma diversidade de materiais injetáveis no mercado para os procedimentos de Harmonização Orofacial (HOF). E para escolher o produto mais adequado para seu paciente, você precisa conhecê-los bem, pelo menos a maioria deles.

Então, para começar, você precisa saber que há 2 tipos de preenchedores faciais: permanentes e não permanentes. O primeiro é aquele que o organismo não absorve, enquanto que o segundo permanece por um determinado período no corpo.

Quer entender melhor sobre este assunto?

Continue lendo o conteúdo para entender melhor sobre os materiais injetáveis!

Materiais Injetáveis Permanentes

Os preenchimentos permanentes são aqueles que utilizam um tipo específico de gel que não permite que o corpo realize fagocitose, até se incapsularem. Assim, quando os géis formam cápsulas, podem gerar um grande problema, caso estejam em um local inadequado. Por isso, o profissional de HOF precisa realizar todos os procedimentos com o máximo de segurança.

O principal desse tipo de material é o PMMA (polimetilmetacrilato), também conhecido pelo nome comercial de Metacril. É um gel preenchedor, um polímero de alto peso molecular, que as bioplastias utilizam bastante.

Alguns estudos, em ratos e camundongos, mostram que o implante subcutâneo provoca reações granulomatosas com fibrose, além de incidência de 25% de fibrossarcomas. Você pode ler mais sobre isso nos artigos da Acta Scientiae Veterinariae e da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.

Enfim, também é possível encontrar o polimetilmetacrilato com colágeno bovino. Entretanto sua taxa de incidência de dermatomiosite e polimiosite é significativa entre pacientes tratados com este gel. Um outro estudo histopatológico, dos sítios de injeção do material, mostra reações adversas ao material. Por exemplo, nódulos granulomatosos difusos.

Além do PPMA, o Silicone era outro preenchedor bastante utilizado anteriormente. Contudo, ele não é mais liberado para o uso em humanos no Brasil.

Materiais Injetáveis Não Permanentes:

Entre os materiais injetáveis não permanentes, há duas categorias: os de longa duração e os temporários.

Estes são alguns dos medicamentos de longa duração:

  • Sculptra (Ácido Poli-L-lático): é um gel preenchedor que proporciona volumetria, além de ser um bioestimulador muito potente que retarda o envelhecimento, por causa de suas propriedades de neocolagênese;
  • Radiesse (Hidroxiapatita de Cálcio): promove o preenchimento de marcas de expressão, sulcos e vincos da pele. Também estimula a produção de colágeno, mas sua duração é de até 2 anos no organismo;
  • Poliamida: já foi muito utilizado, entretanto não é mais produzido. Ele apresentava duas formulações: facial e corporal;
  • Elano (sintético): é um bioestimulador de colágeno, mas é utilizado com cautela pela dificuldade em revertê-lo;
  • Polivinil-dissulfona: não é mais utilizado.

Agora, vamos falar sobre os materiais injetáveis temporários. O mais famoso entre eles é o Ácido Hialurônico (AH), que pode vir com ou sem anestésico. O AH sem lidocaína apresenta um edema mais equilibrado, mas o desconforto é maior, porque causa ardência durante a aplicação.

Além disso, existem alguns tipos de concentração do material: superficial, médio, profundo e volumizador. Isto permite que o profissional utilize o material mais adequado para cara região da face. E ainda, as cargas podem variar entre pequenas e mais densas, monofásico e bifásico. Essas variações acontecem quando ocorrem alterações no Crosslink.

Materiais Injetáveis: agentes de preenchimento

Rugas e sulcos estão entre as principais queixas dos pacientes. Geralmente, são corrigidos em derme reticular média. Contudo, grande parte das rugas mais pronunciadas necessitam de componentes subdérmicos, ou até mesmo de subincisão de aderências antes do procedimento.

Portanto, podemos dizer que o local da aplicação do gel na derme interfere no resultado do procedimento. Por isso é importante entender as diferenças entre os agentes de preenchimento dérmico. Veja quais são eles a seguir:

Xenoenxertos

Existem dois tipos de xenoenxertos: Colágeno Bovino e Ácido Hialurônico.

Todas as formas de apresentação do colágeno bovino são materiais temporários que necessitam de retroinjeção a cada 3 ou 4 meses para manter o efeito desejado. Sua maior desvantagem é seu potencial para reações de hipersensibilidade, sendo primordial realizar de testes cutâneos antes da aplicação.

O ácido hialurônico é um dos queridinhos do momento, já que é biocompatível com o corpo humano. E ainda possui funções biológicas, como hidratação e transporte iônico no espaço extracelular. Por apresentar ausência de reação imunológica local, ou sistêmica, não precisa de teste cutâneo. Seus efeitos adversos são imediatos e transitórios, sendo que a duração da aplicação gira em torno de 9 meses.

Autoenxertos

Há 3 classificações de autoenxertos: Gordura Autóloga, Fibroblastos Autólogos ou Matriz Dérmica Autóloga.

A gordura autóloga é utilizada há mais de um século, devido a sua alta taxa de reabsorção do enxerto, o que causa hipercorreção. Sua desvantagem é a necessidade de um sítio doador, sujeitando o local a alguma morbidade. Em contrapartida, tem biocompatibilidade e não oferece de reações alérgicas.

Os fibroblastos autólogos são produzidos a partir de bioplastia de pele da região retroarticular. Dessa forma, é possível cultivá-los entre 4 e 6 semanas. Isso permite multiplicar os fibroblastos a longo prazo. Suas maiores desvantagens são o alto custo e a demora no procedimento.

Já a matriz dérmica autóloga é retirada de uma amostra da pele do paciente, que é enviada para a fábrica, onde é possível processar e isolar os componentes. É vantajoso por ser um material autólogo, podendo ser reabsorvido. Como desvantagem, ocorre hipercorreção.

Homoenxertos

Os homoenxertos são feitos a partir da matriz dérmica de cadáveres, assim sendo, testes cutâneos não são necessários. Mas não estão livres de reações adversas como: eritema, sensação de queimação e erupções acneiformes. Como desvantagem, podem ocorrer hipercorreções e ainda a necessidade de várias injeções para alcançar o efeito desejado.

Materiais Sintéticos

Há vários tipos de materiais sintéticos, um deles é o dimetilsiloxane, um silicone líquido, puro e estério, sob a forma de microgotas. Nenhum teste cutâneo é necessário por não ser considerado um material alergênico. Apesar disso, a ANVISA não o aprovou, porque produz granulomas.

O polimetilmetacrilato também entra nessa lista, assim como o PPMA com colágeno bovino, composto por microesferas homogêneas. Elas ficam em suspensão em uma solução de colágeno bovino.

Geralmente, ocorre a adição de lidocaína para diminuir a dor após o preenchimento com esses materiais. A taxa de incidência de dermatomiosite e de polimiosite são significativas, portanto é necessário realizar teste cutâneo primeiro.

A poliacrilamida é homogênea, estável, tem boa viscosidade e elasticidade, mas não é biodegradável. Não precisa de teste prévio e tem resultados duradouros. Entretanto, há relatos de reações de granulomatosas graves.

O ácido polilático, conhecido como sculptra, é um polímero biodegradável sintético, produzido com os mesmos materiais dos fios de sutura. Contudo, sua desvantagem é proporcionar possíveis reações tissulares, como granulomas.

Cuidados importantes

Todos os cuidados são importantes na escolha de um material preenchedor, porque a substância perfeita não existe. Em vista disso, separamos algumas dicas para tornar seu procedimento o mais seguro possível para seu paciente.

  • Interromper o uso de aspirina e outros anticoagulantes 10 dias antes do procedimento. Isso auxilia a prevenção de hematomas, mas antes deve-se consultar o médico do paciente;
  • Preferencialmente, injetar somente materiais que consistem de apenas uma substância;
  • Precaução ao injetar produtos diferentes sucessivamente no mesmo local e na mesma sessão;
  • Avisar ao paciente a localização das injeções, datas das sessões e quantidade injetada do produto, por escrito;
  • De preferência, evitar produtos permanentes.

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